Oicónico quadro de Marilyn Monroe feito pelo mestre da “pop art”, Andy Warhol, em 1964, foi vendido nesta segunda-feira por 195 milhões de dólares (cerca de 185 milhões de euros) no leilão da “Christie’s”, em Nova Iorque.
O preço de venda do retrato da atriz norte-americana bate, assim, o recorde para uma obra do século XX, que era detido pelas “As Mulheres de Argel”, do pintor espanhol Pablo Picasso.

O quadro, intitulado “Shot Sage Blue Marilyn”, torna-se na segunda obra mais cara da história vendida em leilão, atrás de “Salvator Mundi”, de Leonardo da Vinci, pela qual o seu atual proprietário, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, segundo a imprensa, pagou 450,3 milhões de dólares em novembro de 2017.
“Esta é a pintura mais significativa do século XX a ser leiloada numa geração. Marilyn de Andy Warhol é o auge absoluto do pop americano e a promessa do sonho americano, que reúne otimismo, fragilidade, celebridade e iconografia ao mesmo tempo”, disse o presidente da secção de arte dos séculos XX e XXI, Alex Rotter da Christie’s, quando a famosa casa de leições anunciou a venda, em março.
O novo dono não apenas “terá uma grande obra, mas também um troféu. É como comprar a imortalidade”, afirmou o especialista.
Nos próximos dias, a Christie’s irá leiloar outras obras importantes, como “Retrato do Artista como um Jovem Indigente” de Jean-Michel Basquiat, pintado em 1982 e que deve arrecadar mais de 30 milhões de dólares; “Untitled” (Shades of Red), de Mark Rothko, avaliada em 80 milhões de dólares; e três obras de Claude Monet, que devem chegar a 30 milhões de dólares cada.
Apesar de a pandemia, o mercado de arte em Nova Iorque recuperou graças às grandes fortunas da cidade, mas, principalmente, a compradores de outras partes do mundo, especialmente asiáticos, que cada vez mais jovens.