Prisão foi pedida pela PF, mas STJ negou
Wilson foi interceptado por agentes da Federal em Brasília, quando embarcava para Manaus
O governador Wilson Lima teve seu aparelho celular e o tablet apreendidos hoje pela Polícia Federal no momento em que embarcava em Brasília para Manaus. Wilson foi interceptado pelos agentes da Federal e encaminhado à uma sala reservada no aeroporto de Brasília, onde prestou esclarecimentos. Foi neste momento que os federais apreenderam o celular e o tablet do governador.
Prisão negada pelo STJ
A Polícia Federal pediu a prisão do governador Wilson Lima, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido alegando que “não se justifica a imprescindibilidade da decretação da extraordinária medida cautelar de privação de liberdade do chefe do Executivo estadual ao menos neste momento”.
A PF cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Wilson na manhã desta terça-feira (30), durante a operação Sangria, que investiga crimes de corrupção, fraude a licitação e desvio de recursos federais.
MPF diz que Wilson comandou
As investigações do Ministério Público Federal (MPF) sobre a prática de fraudes na compra de respiradores superfaturados realizado pelo Governo do Amazonas, apontam que o governador Wilson Lima (PSC) comandou e orientou o processo de aquisição dos equipamentos, conforme a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo. As irregularidades levaram à deflagração da Operação Sangria realizada pela Polícia Federal (PF) e pelo MPF nesta terça-feira (30) em Manaus, cumprindo mandados de prisão e de busca e apreensão.
“Os fatos ilícitos investigados têm sido praticados sob o comando e orientação do governador do estado do Amazonas, Wilson Lima, o qual detém o domínio completo e final não apenas dos atos relativos à aquisição de respiradores para enfrentamento da pandemia, mas também de todas as demais ações governamentais relacionadas à questão, no bojo das quais atos ilícitos têm sido praticados”, destaca Lindôra Araújo